(Élica) Iniciamos o terceiro encontro do semestre, dia 17/03, com uma breve apresentação dos novos integrantes: Marli, Líria, Cleine e Celina. Também estavam presentes: Alessandra, Dora, Laís, Ana Paula, Ana Cláudia, Daniel, Bianca, Karina, Gislaine, Élica, Eloísa, Maria Angélica e Marina.

 

Em seguida, Dora tomou a palavra e nos lembrou da proposta feita no final do encontro passado em que exploramos o Tangran (seguindo as orientações da Alê, recortamos e discutirmos os conceitos geométricos das peças que formam o Tangran. No final montamos o quadrado inicial e significamos o desenvolvimento dessa atividade para o Ensino Fundamental).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Laís) Antes de continuarmos as discussões sobre o Tangram, reafirmamos o combinado quanto aos registros dos encontros, de que cada membro do grupo iria fazer seu próprio registro dos conceitos aprendidos para que pudéssemos discutir posteriormente e abrir possibilidades para a construção de uma atividade para ser apresentada no seminário SHIAM, bem como atividades para serem realizadas em nossas salas de aula e postadas no site do GEProMAI.  Neste momento foi comentado sobre a importância do registro de tais conteúdos para o processo de aprendizagem de cada um, pois ao fazer o registro podemos comparar os conteúdos já assimilados e os que precisamos nos aprofundar.

 

Karina apresentou a atividade que está desenvolvendo junto com a Alê usando o Meli Melô para ser aplicada em sua sala de aula,  e nos contou um pouco sobre a proposta apresentando seu material de base (SMOLE, K.S; DINIZ, M.I.; CÂNDIDA, P. Figuras e formas. Artmed, 2003).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Karina) Desenvolvimento:

 

1° Dia

- Atividade com o grupo todo (em roda):- Apresentação do meli-melô (Com o que se parece?);-Separar os que são parecidos (As crianças devem explicar os critérios utilizados e as educadoras inserir vocabulário para caracterizar as formas, com o auxílio das crianças);

-Atividade no grupo pequeno:1- Cada criança receberá um meli-melô pequeno (para montagem em sulfite) para explorar livremente e elaborar uma figura; 2-Cada criança receberá uma folha de sulfite, com um modelo de silhueta com o meli-melô. A criança será orientada a recobrir a figura.

 

2° Dia

-Atividade com o grupo todo:Elaborar uma história, a partir de figuras do meli-melô;

-Atividade no grupo pequeno:1- Jogo do Comprimento (Cada criança recebe um meli-melô. O primeiro jogador escolhe uma de suas peças e coloca sobre o centro da mesa; o jogador seguinte deve colocar uma de suas peças, de tal modo que um dos lados seja encostado a um lado de mesmo comprimento da peça já colocada); 2-A partir da observação de uma silhueta, montar a figura;3- Registrar através de um desenho o que achou das atividades com o meli-melô.

 

 Para ajudar  na compreensão das atividades possíveis de serem realizadas com o material, Lais expôs um Meli e Melo e um Tangran  construído por ela e por seu sobrinho, em sua casa. Aproveitamos para comparar os materiais, observamos o número de peças e as quantidades de formas geométricas que os compunham: triângulos, quadrados, paralelogramos, etc.

 

Tatiane levantou a seguinte questão: quais atividades desenvolver com o Meli Melô ou Tangran com crianças menores de 5 anos. Ela demonstrou preocupação no sentido das crianças menores não conseguirem realizar as atividades propostas pela Karina. Alê reforçou a ideia de que as vezes subestimamos a capacidade das crianças e Dora e Gislaine complementaram dizendo que se não der certo é importante rever o processo. E neste sentido o registro apontando as dificuldades e os pontos a serem melhorados  ajuda a avaliar e replanejar. Tatiane então, relatou uma experiência com o Tangran desenvolvido no computador com crianças menos de 3 anos, e Karina se posicionou dizendo que acredita ser mais difícil realizar tarefas com crianças menores no computador, por achar que a ferramenta os dispersa. Incentivou Tatiane a realizar as atividades com o Tangran por meio de peças construídas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Esse relato nos instigou a pensar sobre a facilidade que as crianças têm na exploração de aparelhos tecnológicos e que eles são ferramentas importantes que auxiliam o desenvolvimento de atividades. Mas não devemos usá-los como substitutos, pois o manuseio das peças é fundamental para o desenvolvimento de movimentos motores.

Em seguida, Laís comentou de duas atividades que encontrou em um blog de um Grupo de Estudos de Matemática da UFSCar, usando o Tangran e o Meli Melo e exaltou a forma como foram construídas as peças do jogo. Foram utilizadas caixas de leite para confeccionar quebra-cabeças tridimensionais e explorar os conceitos geométricos (junção de aprendizagem conceitual com temas diversos, no caso, a reciclagem. Nosso trabalho exige criatividade e inovação).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com o intuito de manipular as peças dos quebra-cabeças, Dora se sentou ao chão e nos trouxe algumas reflexões e recordações dos encontros anteriores, nos instigando a pensar sobre os tipos de atividade a serem realizadas na Educação Infantil. Foram citada atividades que tratam de conceitos geométricos, sobreposição de imagens e montagem de figuras com o Tangran por meio de sombras.

Alê nos lembrou da importância de que quando formos relatar as atividades, sempre direcionar o olhar para a forma de avaliação, sendo sincero na perspectiva a qual aconteceu, pensando em "como era pra ser e o que aconteceu realmente".

 

Dora complementou dizendo que sala de aula também falha e que nossas expectativas podem se frustar. Gi exaltou  que o registro pode ser usado como um mecanismo para o momento da avaliação posterior, ele permite que o professor veja o que não foi explorado no momento e que poderia ter sido. O registro assume um papel de indicar uma possível mudança que visa o aprimoramento da prática.

 

Angélica socializou com o grupo uma atividade realizada por ela e pela Eloisa na escola em que trabalham. A atividade se resume em trabalhar alguns conteúdos usando como recurso os jogos. Exaltou a fala de um de seus alunos, ao realizar o registro sobre as etapas do jogo: “Esta atividade requer habilidade de lançamento”. Destacou que se surpreendeu com o léxico da criança e com a forma de pensar. Nesta atividade também se viu a importância do registro, por isso ela o enfatizou seja na forma textual, ´passos do cálculo ou pictórico. O registro também é um meio de conhecer melhor o aluno e contribui para a organização do pensamento e desenvolvimento da escrita.

 

Em meio a discussão dos benefícios desta produção textual, Karina já pensou em introduzir uma forma de registro na atividade que está montando, provavelmente será em desenho.

Partimos então para uma sugestão de atividade proposta pela Dora usando Tangran ou Meli Melo:

 

• Pedir para os alunos montarem como quiser qualquer forma com as peças;

• Distribuir  um pedaço de barbante para contornar o desenho;

• Comparar os contornos das formas e  questionar: “porque os contornos mudam se foram usadas as mesmas peças?”;  

• Investigar junto com as crianças e instigá-las a perceber que quanto mais agrupamos as figuras "menos lados ficam expostos" isso ajuda pro perímetro ficar menor;

• Questionar como fazemos para conseguir o menor perímetro (Quadrado, poucos lados das figuras ficam expostos), e para conseguir maior;

• Deixar que as crianças explorem como elas perceberem para deixar perímetro maior ou menor;

• Possível resposta: quanto mais agrupar e menos lados (arestas) estiverem expostos, menor será o perímetro da figura.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Após a proposta da Dora, Daniel perguntou se deve ser um padrão pedir que a criança monte uma figura utilizando todas as peças do Tangram. Dora respondeu que há certas formalidades nos conceitos de cada conteúdo ou instrumento utilizado na Matemática. E que o Tangram parte de uma lenda milenar nas quais as sete peças são enfatizadas. Contudo, após o trabalho com o conceito inicial, Dora disse que não há problemas em modificar as ‘regras do jogo’, sendo possível sair do padrão (Laís).

 

Devemos lembrar que temos que "trabalhar os conceitos corretos, não importa os artifícios". O Tangran permite o trabalho com geometria, fração e  medida.

 

Pensando em como trabalhar a área, Daniel sugeriu o uso da malha quadriculada: coloca-se a peça em cima da malha e faz o contorno com lápis, facilita a observação de quantos quadrados é preciso para preencher tal forma. Dora enfatizou que quanto menor a criança maior deve ser a medida da malha.

 

Quanto a área, a Alessandra citou uma experiência pessoal com seu esposo, que é Engenheiro. Ela nos trouxe a importância de conhecer a diferença entre os conceitos sobre área e perímetro, pois há muitos engenheiros que fazem cálculos errados na hora de realizar o seu trabalho (Laís)

 

 

 

Encerramos o assunto Tangran e Meli Melo e a Alê inseriu o evento de SHIAM. Pensamos sobre organização dos trabalhos que serão apresentados:

 

• Eloisa, Angélica, Marli e Líria irão apresentar a atividade que fizeram na escola em que trabalham;

• Bianca apresentará a experiência do PIBID;

• Daniel apresentará um trabalho que faz com seus alunos sobre a medida de temperatura.

• Karina, Cleine, e Ale apresentarão o Meli Melô;

• Tati e Rita apresentarão o relato de experiência do Gepromai sobre a aprendizagem com o Tangram.,

• Gislaine apresentará uma atividade com blocos lógicos;

• Ana Paula e Laís apresentarão o site do grupo

 

Após esse momento Dora fez a leitura do relato do encontro anterior que foi o primeiro a ser elaborado no google docs e que teve a participação de diversos integrantes do grupo, e na sequência enfatizou a importância de todos entrarem no documento para ver se há algo que queiram complementar ou algo que considerou significativo que acrescentar (Alessandra).

 

Por fim, retomamos a conversa do encontro anterior, sobre a mudança do dia da semana para nosso encontro e ficou acordado que vamos fazer uma experiência semestral mudando o dia para as quintas-feiras. Agendamos nossos próximos encontros para as datas: 26/03, 09/04, 23/04, 07/05, 21/05, 11/06, 25/06.  No próximo encontro, falaremos sobre as Narrativas de Aprendizagem e os demais serão voltados ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.

 

Depois de finalizadas as discussões, durante o momento do lanche Daniel me procurou e sugeriu que elaborássemos também um cronograma para a organização do lanche, dizendo que assim todos podem participar, cada dia uma ou mais pessoas se responsabilizando por trazê-lo. Eu gostei da ideia e proponho que essa sugestão seja discutida com o grupo no próximo encontro (Alessandra).

 

Encerramos o encontro animados com a elaboração dos trabalhos para o SHIAM e também com o número de participantes do grupo, que tem aumentado cada vez mais, fazendo inclusive com que a qualidade dos nossos encontros também se eleve (Laís).