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20º Encontro: Discutindo Grandezas e Medidas a partir do PNAIC

Hoje, 23 de abril de 2015, estavam presentes: Alessandra, Angélica, Daniel, Diego (novo integrante), Dora, Karina, Laís, Rita, Tatiane, Gislaine e Ana Paula.

 

Nesse encontro demos continuidade às discussões sobre o PNAIC - Grandezas e Medidas, aprofundando o debate sobre a leitura que fizemos do documento do MEC.

 

 

 

Alê diz ser difícil a compreensão também da massa. Exemplifica: se colocarmos a massa na balança digital, a criança só vê um número. Quando ela coloca numa balança com pesos em que precisa tirar, colocar, experimentar o que é mais pesado, o que é mais leve, o medir fica mais palpável. Medir tem a expressão da ação. Quando colocamos esses recursos, pula todo esse processo e chego só no resultado, excluindo a mediação e as trocas de pontos de vistas. Ela diz também que pesquisando o trabalho realizado com frações por professores graduados em matemática há grande dificuldade desse profissionais no uso dessas tecnologias. É preciso ter clareza que a tecnologia pode ser usada com parcimônia.

(Alessandra) É evidente que a tecnologia é importante e pode ser uma aliada na sala de aula para a aprendizagem dos estudantes, o uso de calculadoras, do computador, tablets, etc. podem ampliar as possibilidades de aprendizagem, porém, acredito que é importante que as crianças compreendam as atividades, as operações, isso precisa ter significados para elas e a facilidade de “encontrar resultados”  a partir do uso de um equipamento não deve substituir ou acelerar esse processso de  compreensão. Não comentei isso no encontro, mas agora, refletindo um pouco sobre nossas discussões nesse momento da escrita me recordo de um texto  publicado pela Dora que com o título “O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA DIVISÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES”. Me lembrei desse texto porque o exemplo que apresentei no encontro foi justamente sobre a divisão. No texto ela coloca:

Entendemos que os algoritmos devam ser abordados no contexto da escola, porém não como ponto de partida para o ensino das operações fundamentais. Deveria ser o ponto de chegada de um caminho que se inicia com as ações concretas dos alunos, passando por suas estratégias pessoais, muitas vezes ancoradas nas habilidades do cálculo mental. A socialização dos recursos usados pelos diferentes alunos poderá promover uma aproximação à resolução de cálculos de uma maneira mais simples, cabendo aos alunos escolher seus próprios recursos. Somente ao final, caso o próprio grupo ainda não tenha (re)construído os algoritmos tradicionais, estes poderiam ser apresentados pelo professor.

Eu particularmente concordo com essa posição e acredito que conversar sobre a utilização ou não de algoritmos na escola seria também um bom tema para colocar em pauta no GEProMAI.

 

Laís fala sobre a importância do planejamento do professor que deve prever a quantidade de materiais e a adequação da atividade para a turma. Dora aponta para a fala da Laís que mostra sua preocupação na participação, o envolvimento de todos, em garantir a participação de todos no grupo, apontando que uns falaram mais, outros menos, questionando os por quês de falarem pouco, se todos estão se sentindo a vontade.

 

A pauta definida para o próximo encontro é a comemoração do grupo e para o dia 21-05 continuaremos com a leitura do material do PNAIC - Espaço e Forma.

 

Dora encerra o encontro com alguns experimentos e relembrando alguns conceitos. Medir é comparar. Pego algo (uma unidade de medida) para chegar numa expressão numérica. 

ACERTANDO OS DETALHES FINAIS DO SITE 

 

No entanto, para esquentar os motores, falamos sobre a construção do site GEProMAI. Ficou combinado que os integrantes alimentarão a sessão Matematizando, excluindo as páginas individuais que ficariam mais difíceis de serem alimentadas por cada um. Dora defende que na página Matematizando não façamos apenas um relato, mas para além disso, qual a interferência daquilo que estudamos não só nesse grupo, mas enquanto trajetória pessoal e profissional. Lembrou dos termos que podem nos ajudar a pensar: “O que sei? O que vi? E o que faço com isso?” Fazendo essa reflexão, indagar ainda: “O que eu consigo teorizar a respeito dessa ação que eu fiz?”

 

Alessandra questiona se é para cada um analisar a sua prática fazendo relação com a teoria. Colocar uma parte mais teórica, ressignificando aquilo que foi feito. Laís ressalta a ideia de escrever sobre o olhar investigativo do professor. Colocar nossas experiências e procurar textos e-ou vídeos que se relacionem as experiências.

Em seguida, o grupo discutiu sobre o uso das fotos com e sem autorização das famílias para inclui-las no site, inclusive a possibilidade de colocar um borrão no rosto da criança. Alê disse que é preciso pensar em fotos e vídeos das crianças que trazem mais o movimento, mãos, braços, parte de trás da cabeça… Angélica questiona o uso mesmo tendo a autorização. Laís e Alê dizem para optarmos pelo não uso, uma vez que ainda não temos o site “oficializado” e que é preciso nos preservar para que outras pessoas não façam o uso dessas imagens de maneira inadequada e sem o conhecimento dos envolvidos.

Laís mostra uma ficha que confeccionou com os itens: formação, tempo de trabalho, níveis de ensino em que já atuou e atua e etc que será usada para colocar na apresentação pessoal de cada um no site. Dora ressalta a importância dessa ficha ser encaminhada também para aqueles integrantes que não puderam participar do encontro de hoje. Laís aproveita para nos mostrar como o site está bacana e explica o passo a passo de cada atalho.

UM OLHAR CRÍTICO PARA AS ATIVIDADES RELATADAS NO MATERIAL DO PNAIC

 

Passamos para a discussão do texto sobre o PNAIC. Karina relata que em sua leitura sentiu falta de maiores detalhes da experiência sobre medidas de comprimento.

 

Sobre uma das atividades, comenta: “Por que reproduziram a girafa? Quais as falas das crianças? Onde está o diálogo da turma?

Daniel diz que se a intenção da professora era estimar a altura da girafa, era preciso medir uma girafa de verdade ou, ao menos, a altura da porta da sala e não uma figura. Diz que a professora perdeu a possibilidade de ensinar um procedimento de medida.

 

Com relação as cartas apresentada como jogo é a mesma coisa. Poderiam estar escrito o nome dos animais ou as fotos deles, respeitando as dimensões.

Rita percebe que na educação infantil os profissionais tem mais cuidado ao apresentar o concreto para as crianças, respeitando mais essa fidedignidade. Alê diz que na medida temos que expressá-la numericamente. Laís aponta que seria mais rico o relato da professora se os diálogos das crianças aparecessem. Como as crianças chegaram às conclusões, como fizeram as transformações do concreto para a linguagem matemática. Diz que vamos ficando mais seletivos porque a teoria embasa nossa prática. Dora aponta que estamos melhorando nossos registros e por isso, temos a necessidade de que as crianças apareçam nos relatos.

 

Karina apresenta o livro: Matemática na Educação Infantil e nas Séries Iniciais de Mabel Panizza, ArtMed. Conta que utilizou a ideia proposta no texto do PNAIC porque sua turma é a “dos Animais”. Confeccionou as cartas com os animais e optou por colocar as medidas dos animais em centímetros, mas ficou pensando em como fazer isso de maneira mais concreta para as crianças. Falou da relação - quanto mais algarismos, maior é o número. Dora propõe que o centímetro seja apresentado pela fita métrica , trena, e posteriormente cortando barbante para construção de um gráfico. Sugere em seguida, medir outros objetos da sala de maneira não-convencionais.

 

Alê diz que a contagem aparece na fala das crianças quando pulam corda, por exemplo, que é quase como recitar ou cantar uma música porque não tem o reconhecimento de quantidade. Karina pensou no jogo super trunfo, mas Alê acha que trabalhar o comprimento como a Dora colocou é mais próximo das crianças. Como a discussão estava fervilhando, também opinei e sugeri que a Karina colocasse nas cartas outras características como cores, quantidade de patas e etc.

A DIFICULDADE EM TRABALHAR MEDIDA DE TEMPO E MASSA

 

Daniel fala da dificuldade em trabalhar outras questões como o tempo que é algo abstrato. Relata que pediu para as crianças de sua turma medirem o intervalo entre duas aulas, marcar o tempo da escovação dos dentes, da duração do intervalo e etc para eles estimarem os tempos. Disse que alguns alunos chegaram bem próximos ao tempo real. Dora sugere que Daniel mostre três exemplos de resposta dadas pelos alunos, sem colocar o total do tempo, perguntando o que eles pensaram. E indagar: “Será que ficamos tanto tempo assim na escola? O que sabemos sobre o dia todo? Tem 24 horas. O que fazemos durante o dia? Se o que foi respondido foi verdade, como seria passar 20 horas na escola?”

 

Alê fala que na educação infantil é muito usado a sequência lógica que dá essa ideia de passagem do tempo. Daniel fala das questões afetivas (o que é mais prazeroso passa mais rápido e o que é enfadonho, demora mais). Dora sugere a confecção de ampulhetas e pedir para algum aluno contar quantas vezes ela é virada no dia (na sala). Aproveitar para contar que antigamente medíamos o tempo dessa forma e contar um pouco sobre as formas de medir o tempo.

Laís questiona sobre o trabalho com a exposição das respostas dos alunos para toda a turma e se é bacana divulgar também seus nomes. Dora diz que não é preciso e o intuito de usar as respostas é somente para suscitar o debate de ideias entre os alunos, sem a finalidade de expor quem conseguiu chegar mais perto da resposta ou quem ficou muito longe.

 

Dora lembra do relógio do Sol que havia na cidade de Campinas para ilustrar a questão da contagem do tempo (os ponteiros têm que dar uma volta para dar 60 minutos e a cada 60 min, uma hora).

Karina) Neste encontro trabalhamos muitos conceitos importantes. Além de ricos momentos de diálogo, observamos a realização de atividades com materiais diversificados (garrafas diferentes, caixas com várias formas, copos, pedra, funil, etc.) que estavam disponíveis para nossa manipulação. O problema relativo ao volume da pedra foi muito interessante, sinceramente, eu não estava imaginando aquele tipo de resolução. Apesar de saber que precisamos buscar diversas maneiras de resolver um problema e que esta não precisa envolver fórmulas, ainda há dificuldade de pensar a matemática de diferentes maneiras. Que bom participar deste grupo!

 

“O termo volume pode ser usado também para se referir à capacidade de um recipiente, mas também é usado para o tamanho de objetos sólidos.” (Walle, 2009)

 

“As unidades de volume são expressas em termos de unidades de comprimento, tais como polegadas cúbicas ou centímetros cúbicos.” (Walle, 2009)

 

“Um método simples de comparar capacidade é encher um recipiente com algo líquido e então verter essa quantidade no recipiente de comparação.” (Walle, 2009)

 

“As crianças nas séries iniciais devem ter muitas experiências de comparar diretamente as capacidades de diferentes recipientes.” (Walle, 2009)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Angélica relata sobre a criação de um instrumento de medida chamado estadiômetro (feito de pedaços de madeira num trabalho realizado durante o curso de pedagogia).

Então,

1 dm³ = 1 L = 1000 mL

1 dm³ = 1000 cm³ = 1000 mL

1 cm³ = 1 mL

Correspondência com volume. Qual o volume da pedra? É só pegar a pedra, transpor a água do cubo (caixa) para um novo cubo (caixa) com a pedra e o que sobrar é o volume da pedra.

Comparar a medida do remédio com o peso da pessoa. Alê fala da relação da medida com a fração. Dimensionamento da medida. A medida também discute a fração, aliás, a fração é uma necessidade da medida, os pedaços que não couberam na unidade utilizada. Diz que as grandezas discretas são menos trabalhadas. O usual é o trabalho com grandezas contínuas.

250 g de açúcar é diferente de 250 g de arroz? Creio que aqui discutimos que muitas vezes a massa que, na nossa linguagem do dia-a-dia chamamos de peso tem o mesmo valor, ou seja, 250g, porém o volume que os materiais ocupam são diferentes. Aqui podemos lembrar daquela “pegadinha” que aprendemos quando criança: o que pesa mais um quilo de chumbo ou um quilo de pena? Na realidade ambos pesam um quilo, mas o volume é que varia muito, pois um recipiente para colocarmos um quilo de chumbo pode ser bem menor do que um recipiente para colocarmos um quilo de chumbo.

Daniel chegou até a dizer da forma atômica de cada grão e por isso, pelos espaços dos grãos quando juntos, há uma diferença na quantidade de grãos tomando como base esse peso.

Ah! Depois de tudo isso, preciso lembrar a todos que não participaram desse encontro que o próximo será de COMEMORAÇÃO!!! Vamos celebrar a vida de nosso grupo cheio de cores, sabores e saberes matemáticos!

 

Relato direcionado pela PROFESSORA GISLAINE

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