18º Encontro - Sobre aprendizagens relacionadas ao Tangram, participação em evento e discussões acerca da prática docente...
26/03/15
Estavam presentes no encontro: Alessandra, Dora, Adriana, Joelma, Karina, Élica, Tatiane F., Tatiane A. e Angélica.
Alessandra iniciou o encontro relatando a dúvida da Lais e da Adriana sobre a escolha do tema para apresentação no SHIAM. Inicialmente elas haviam pensado em apresentar algo relacionado ao site, mas a Lais levantou a questão de que a página ainda está em desenvolvimento e qual a contribuição dela para nossas aprendizagens em matemática. Neste momento a Dora complementou dizendo que acredita na importância do trabalho com o site, pois este é mais uma ferramenta para o registro de nossas narrativas e é algo novo, não é tão usual. A Alessandra propôs então, uma maior exploração do site, por parte de todos participantes. A Dora finalizou esta conversa inicial reafirmando que o site favorece uma característica que temos desenvolvido no grupo: a escrita coletiva.
Dora nos informou de um evento chamado CIPA (Congresso Internacional de Pesquisa Autobiográfica), que acontecerá no próximo ano. E disse que esta é outra possibilidade, além do SHIAM, para a divulgação de nossos trabalhos e de nosso grupo, que tem como diferencial a comunicação e o ato de escrever em colaboração. Neste momento lembramos que mesmo depois dos encontros a comunicação continua, seja pelo e-mail, pelo site ou por rede social. Dora ainda fez a proposta de lançarmos o site do grupo em maio, mês em que o grupo irá completar um ano!
Lembramos também, da dúvida de uma colega do grupo (postada via watzap) sobre a “diferença entre paralelogramo e trapézio” (Bianca), que foi rapidamente atendida pela Alessandra, que explicou: “O paralelogramo tem dois pares de lados opostos paralelos e os trapézios tem um par de lados opostos paralelos, sendo ambos quadriláteros.”; A Bianca perguntou: “E o trapézio pode ter mais de uma reta perpendicular?”; Alessandra: “Se tiver uma reta perpendicular é um trapézio retângulo.”; Dora acrescentou: “O quadrado e o retângulo também são paralelogramos.”; Lais: “No Tangram então temos 2 paralelogramos?”;
Dora: “Sim. Mas o quadrado costumeiramente não nomeado de paralelogramo. Ele é um paralelogramo particular, com lados iguais e ângulos de 90 graus. Por isso ele (o quadrado) também é retângulo.”; Lais: “O quadrado tem muitas propriedades!”; Dora compartilhou as imagens:
PARALELOGRAMO MAIS USUAL
TRAPÉZIO ISÓSCELES
TRAPÉZIO RETÂNGULO
Concordamos que precisamos retomar os conceitos de sólidos geométricos e figuras planas, pois há confusão quando tratamos deste assunto.
Retomamos a conversa sobre o SHIAM e a Joelma nos contou que pensa em apresentar algo relacionado ao trabalho que realiza sobre o “Calendário”. Dora ressaltou que o importante é participar, pois será um momento de troca de experiência muito importante, com outros professores e pesquisadores da Educação Básica. E enfatizou que cada um pode apresentar algo que foi desenvolvido com a turma de alunos. Karina disse que o grupo ainda poderá auxiliar na avaliação e reflexão acerca do que foi realizado.
Dora lembrou que acontecem três momentos importantes neste processo que vivenciamos: 1° Realizamos uma reflexão individual do trabalho que realizamos; 2° Realizamos uma reflexão do grupo; 3° Iremos compartilhar nossos relatos e experiências de trabalho no site, que poderá ser acessado por quem apresentar interesse. Como é importante a participação em um grupo colaborativo! Com certeza nossa prática pedagógica será de alguma forma enriquecida, pois será realizada por intermédio de uma educadora (o), mas pensada por um grupo comprometido e dedicado ao estudo da matemática e da educação em geral.
Angélica citou a característica da narrativa e como esta confere aprendizagens. Dora complementou que no começo desta atividade de escrita há um desconforto, mas depois desenvolvemos esta habilidade e percebemos que escrever sobre nossas aprendizagens é muito importante. Neste momento a Alessandra lembrou que o registro feito pela Élica havia ficado muito bom. Foi bem detalhado e consistente!
Angélica contou sobre sua experiência de registro na turma em que leciona. Relatou sobre o registro escrito que seus alunos realizam (as crianças registram sobre suas aprendizagens em matemática, num caderno com o nome de “Matematizando”) e como utiliza o trabalho com matemática, para proporcionar o desenvolvimento de outras linguagens, como a escrita. Ainda nos contou da dificuldade que por vezes enfrenta na escola, pois os outros profissionais da Unidade Educacional, não compreendem sua maneira de trabalhar. Por observar que ela dá ênfase ao trabalho com matemática, imaginam que o processo de leitura/escrita foi “deixado de lado”. Angélica relatou que seus alunos escrevem muito, pois o registro de suas aprendizagens é uma prática constante e que as crianças surpreendem ao escrever e comunicar aquilo que aprenderam.
Joelma recordou de um caso interessante que constatou na turma de 2° ano na qual trabalha. Durante a realização de atividades que envolviam noções de projeção, solicitou à turma que fizessem um desenho. Através do desenho percebeu que a criança que apresentou uma percepção maior de espaço, é uma criança que apresenta algumas dificuldades na linguagem escrita. Porém, refletiu que as provas oficiais realizadas por agentes externos à escola, não favorecem à criança meios para representar suas ideias através de outras linguagens. Portanto, as crianças que talvez compreendam uma questão por meio de desenhTRAPÉZIO RETÂNGULO;
os, são desfavorecidas. Conversamos que ainda, infelizmente, há uma ideia de que há linguagens mais e menos importantes.
Adriana socializou com o grupo a observação da atitude de uma criança bem pequena (por volta de 1 ano e meio), numa turma de crianças de agrupamento I, que se preparava para a hora de descanso. Os colchões estavam organizados com os respectivos lençóis e na parte superior do lençol havia o nome de cada criança. A criança observada pela Adriana se dirigia à escrita e “passava” os dedos, quando questionada sobre o nome dos colegas da turma. Conversamos que, muitas vezes os próprios profissionais das escolas subestimam as crianças e, portanto, perdem inúmeras oportunidades de propor vivências mais significativas às crianças.
Dora refletiu que em educação é imprescindível acreditar naquilo que se faz. Portanto, é fundamental buscar elementos positivos no grupo de alunos no qual trabalhamos e acreditar que eles são capazes de aprender.
Alessandra recordou da experiência de uma professora chamada “Adriana”, que conta a decisão de uma escola, em colocar todos os alunos com dificuldades na mesma turma. Sendo assim, o comportamento de tais crianças refletia o que toda equipe escolar esperava delas: dificuldades, problemas, enfim incapacidade. Mas, que esta professora, ao encarar este grupo de outra forma pôde notar uma enorme mudança de atitudes e de aprendizagem.
Élica compartilhou que têm lecionado aulas particulares de matemática para uma criança com necessidades especiais e que tem encontrado dificuldades, pois a família e a criança não se envolvem com o processo de ensino/aprendizagem. Após esse relato Angélica precisou sair e Dora me questionou se havia algum recado, retomei a necessidade de acesso ao site do SHIAM para conhecer as regras de apresentação de trabalho e a leitura do livro sobre grandezas e medidas do PNAIC para o próximo encontro. Na sequência Élica também precisou sair, mas creio que é muito importante que no próximo encontro esse assunto seja retomado para que possamos, enquanto grupo, conhecer sua experiência e verificar quais possibilidades temos de auxiliá-la. (Alessandra)
Relembramos que, para o trabalho desenvolvido para o SHIAM, há o limite de 3 autores. Tatiane A., expôs sua ideia inicial de realizar uma oficina sobre narrativas, mas reformulou sua proposta e pensou em participar da comunicação oral, para isso, irá abordar a importância das narrativas, a partir dos encontros que tivemos sobre o Tangram. Comprometemo-nos em enviar até a próxima semana, nossos relatos sobre as aprendizagens, a partir das experiências no grupo com o Tangram. Sendo assim, cada uma precisa elaborar uma pequena narrativa contando suas impressões, conceitos, hipóteses antes, depois e durante nossos encontros sobre esta temática. Como foi o processo de ensino/aprendizagem de conceitos, o que foi mais marcante, quais as dificuldades, quais os avanços, qual a importância de participar de um grupo colaborativo.
Para o próximo encontro (09/04) a Joelma irá trazer alguns materiais e socializar sua experiência a partir do PNAIC, nos conteúdos relacionados a “Grandezas e Medidas”, pois ela participou da formação realizada na rede municipal de Campinas e organizou, junto com uma colega, um site para compartilhar as experiências das atividades realizadas. Quem tiver experiências com PNAIC e/ou com grandezas e medidas também pode compartilhar nesse encontro.
Abraços,
Karina Fernandes


