Não consegue presenciar os encontros do GEProMAI?
Não se preocupe! Nesta página você ficará por dentro de tudo que acontece em nossos encontros por meio dos registros construídos pelos próprios membros do grupo...
Registros dos encontros...
A escrita de narrativas no processo de constituição GEProMAI
A elaboração dos registros dos encontros é uma atividade muito valorizada pelos participantes do GEProMAI desde o primeiro encontro do grupo. Esses registros são escritos pelos professores num formato de narrativa. Cada pessoa escreve sobre o encontro a partir de seu olhar pessoal, dos sentidos e significados estabelecidos para si, ou seja, cada um conta sua história sobre esses momentos compartilhados. Um dos participantes se responsabiliza, inicialmente, por organizar a narrativa. Em seguida compartilha a mesma com o grupo e todos aqueles que estiveram presentes no encontro, inserem suas contribuições. Com elas se faz possível a constituição de um processo formativo.
Para destacarmos a potencialidade das narrativas em processos de formação de professores, entendemos sua importância sob dois aspectos:
[...] primeiramente, a narrativa como um modo de refletir, relatar e representar a experiência, produzindo sentido ao que somos, fazemos, pensamos, sentimos e dizemos. [...] e a narrativa como modo de estudar/investigar a experiência, isto é, como um modo especial de interpretar e compreender a experiência humana, levando em consideração a perspectiva e interpretação de seus participantes (FREITAS; FIORENTINI, 2007, p. 63).
Outro aspecto que queremos destacar é que as narrativas de formação podem ser compreendidas como “processos formativos e autoformativos através das experiências dos atores em formação ( Souza, 2006. p. 25). Além disso, estas são entendidas como importantes ações que ajudam a repensar as questões da formação, pois, “ninguém forma ninguém”, há necessidade da predisposição e do empenho em formar-se; e a formação pressupõe reflexões sobre a trajetória vivida.
Ao escrever sobre o encontro ou sobre suas vivências no grupo o professor torna-se sujeito, ao tomar consciência de si e das suas aprendizagens adquiridas nas experiências vividas, percebe-se no papel de ator e de investigador de suas histórias (Josso, 2004). Complementando a relevância do processo de elaboração de narrativas, Chaves (2000, p. 87), em seus estudos, ressalta a importância da escrita das histórias por meio das narrativas, indicando que, quando contamos, escrevemos e ouvimos essas histórias — as nossas e as dos outros — penetramos “barreiras culturais”, descobrindo o nosso poder e a integridade do outro, bem como aprofundamos o entendimento de nossas perspectivas e possibilidades.
A mesma autora destaca três aspectos fundamentais das narrativas: dar significado às experiências e às ações temporais e pessoais; propiciar sínteses de ações diárias e de episódios vividos; estruturar eventos passados e proporcionar o planejamento de ações futuras.
Entendemos, assim, que a escrita das narrativas é importante para nosso formação e desenvolvimento profissional na medida em que permite que suas histórias e narrativas possam ser revistas por cada participante e também pelo grupo, destacando: os valores pessoais que tinham; os saberes teóricos e práticos que possuíam; os caminhos que tencionavam percorrer durante a formação inicial no curso de Pedagogia; os saberes teóricos e para a prática que pretendiam construir, a prática pedagógica de sala de aula que possuem.
Ao tentar compreender o conceito de narrativa, percebemos ser a expressão do que pensamos acerca do vivido/experienciado. Uma narrativa expressa os sentimentos, as percepções que capturamos sobre um fato ou a respeito de muitos deles, porém com a necessidade de levar para o outro — aquele que ouve ou lê a narrativa — tal compreensão (oralmente ou através do texto escrito) do que se pretende narrar. Mas também, no movimento de contar-se para o(s) outro(s) a partir da escrita de narrativas, torna-se possível que ocorra o conhecimento de si.
Sendo assim, ao contarmos/recontarmos histórias, nossas e dos outros, socializamos experiências e situamo-nos no espaço-tempo em que estamos inseridos, posicionando-nos em relação aos acontecimentos historiados. Essas narrativas também podem ser utilizadas para a tomada de consciência de algumas de nossas ações e/ou atitudes e para a mudança destas.
Considerando todas essas potencialidades sobre a escrita das narrativas para o processo de aprendizagem, formação e desenvolvimento profissional do professor optamos por publicar nesse site as nossas experiências com a escrita. Acreditamos que desse modo contribuímos não apenas com o nosso grupo, mas também com outros docentes que ensinam matemática e que se interessam por compartilhar essas experiências.
Professora Dora Megid

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