No encontro do dia 09 de abril de 2015 foi abordado o tema: “PNAIC – Grandezas e Medidas”. Estavam presentes: Alessandra, Dora, Karina, Daniel, Joelma, Gislaine, Rita,Tatiane, Bianca e Cleine.
Joelma apresentou um pouco de suas experiências no curso de formação que participou em 2014, que infelizmente não foram tão boas assim, pois muito do tempo era utilizado para apresentar as experiências das pessoas e pouco do tempo era, de fato, utilizado para passar orientações concretas sobre o conteúdo.
Joelma nos contou também um pouco sobre sua experiência com a construção do blog, http://pnaicemestudo.blogspot.com.br/ , e ressaltou a importância das narrativas, o que ficou mais evidente para ela quando fez a especialização. Acrescentou o quanto é importante colocar/ evidenciar o que fazemos, esclarecer como ocorreu o processo e apontar o que deu certo e/ou o que deu errado, isso tudo só é possível através das narrativas, uma vez que nestas é possível ver “a pessoa fazendo” (dito por ela), apropriar-se melhor do tema e ainda fica evidente a “emoção” o que não acontece na leitura de um artigo.
Joelma esclareceu ainda, a partir de um questionamento da professora Dora sobre a adesão dos professores, que no PNAIC de Matemática houve tanta adesão quanto o de Português, pela obrigatoriedade e pela bolsa, sendo que poucos professores se recusaram participar.
Em suas práticas durante o referido curso, Joelma, lembrou-se das aulas da DORA na utilização dos barbantes ao medir os professores, mas não ocorria muita troca de experiências e sim apenas os registros.
No tema “Grandezas e Medidas” além do barbante outras práticas foram vivenciadas, como a integração entre literatura com o que é ensinado em sala de aula, como exemplo o livro “Quem vai ficar com o pêssego?” onde partindo da história é possível contextualizar o tema e fazer as experiências em sala com as crianças; a experiências do liquido (mesma quantidade em recipientes diferentes ); a medição de um mesmo objeto com materiais diferentes (régua, canudos, etc).
Quanto a experiência, Joelma disse que houve muita dificuldade em encontrar recipientes de diferentes formas para realizar adequadamente a atividade, e Dora sugeriu que num momento oportuno poderemos ir ao laboratório, pois lá há materiais disponíveis para realizar tal experiência. Dora acrescentou que nesta atividade além de trabalhar o conteúdo sobre líquido e possível trabalhar o conteúdo sobre massa e estimativa.
Alessandra apontou que estes conteúdos são poucos trabalhados na escola por conta das dificuldades de em se obter os materiais concretos necessários para desenvolvimento das atividades. Salientou ainda que muito do tempo da matemática na escola é destinado ao trabalho com números e operações, com relação a Grandezas e Medidas especialmente massa e volume são pouco trabalhados (Alessandra).
Nesse momento Karina disse que conseguiu fazer algumas experiências com as crianças utilizando potinhos de iogurte e outras vasilhas e potes de formatos diferentes e que foi uma experiência muito positiva.
Dora acrescentou que uma amiga, está fazendo mestrado utilizando os contos de fada e a relação com a matemática (Os três porquinhos – conexão com a geometria, Cachinhos Dourados – conexão com grandezas e medidas, e João e o Pé de Feijão – conexão com números) com crianças no final do primeiro ano, ela trabalha com “objeto disparador” que é um termo da psicologia, para mais informações sobre este assunto – objeto disparador – sairá na revista da PUC um artigo de Maria Silvia Rocha.
Dora relatou sobre uma pergunta feita para as crianças sobre quantos dias tem a semanas e elas responderam que tinham 5 dias e os outros são fim de semana. Precisamos realmente ser sensível ao seu modo de perceber o mundo e ajudar-lhes a ir resignificando seus conhecimentos (Cleine).
Joelma nos contou que numa atividade com calendário feita em sala de aula conseguiu identificar que deveria ter deixado que as crianças preenchessem as datas em vez se estar com as datas já preenchidas e que se sentiu “entristecida". Sobre isso Dora acrescentou que “só quem reflete percebe” , o professor é instigado por muitas coisas e isso leva a reflexão.
Daniel também compartilhou conosco que desenvolveu uma atividade/experiência bem interessante sobre observação da posição do sol, com seus alunos do 5º ano (utilizou/ “copiou” o projeto de Fernando Paixão) e também sobre o registro com temperaturas, trabalhando o conceito de medidas e grandezas e pôde ver a evolução dos alunos na aquisição de novos conceitos.
Outra colega, a Gislaine compartilhou sobre sua experiência na Educação Infantil onde trabalhou com a percepção das vibrações – atividade que teve que ser adequada para os pequenos – para isso utilizou açúcar e outros materiais para que as crianças percebessem o material “pulando” quando gritavam perto do tambor. Contou diversas experiências interessantes como crianças que comiam açúcar, outras que viravam o tambor para cima enquanto gritavam. Coisas divertidas sobre o aprendizado dos pequenos!!!
Dora ratificou a importância de registrar, sempre, tudo o que deu certo e o que não deu certo.
Sobre o tema Grandezas e Medidas Dora e Alessandra sugeriram que todos fizessem a leitura deste caderno do PNAIC analisando as “vozes das crianças” e que escolhêssemos uma experiência e, se possível, aplicá-la e trazermos para discussão no próximo encontro.
No final, lemos os resumos dos trabalhos que serão inscritos no SHIAM.
Enfim, muitas experiências foram compartilhadas, muitos questionamentos, apontamentos e muita vontade de continuar a aprender e apreender, significar e resignificar nossas práticas e o que é mais importante registrar sempre !!!! Reavaliar sempre !!!
Isso tudo é o que cada encontro do GEproMAI desperta em nós, uma enorme vontade de continuar!!!
PROFESSORA KARINA FERNANDES