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DATA: 16/05/2018

Presentes: Dora, Karina, Daniel, Janaína, Adriana, Paula, Diego, Alessandra, Tamires, Juliana, Graça e Marina.

 

            Nesse encontro comemoramos o aniversário do Gepromai! 

            Para esse encontro nos organizamos da seguinte maneira: na primeira hora alguns professores apresentaram atividades que desenvolveram com suas turmas sobre senso numérico a partir do texto de Van de Walle e depois fizemos uma comemoração de aniversário do grupo.

            A Karina iniciou a exposição de sua narrativa: trabalha com agrupamento 3 (crianças de 3 a 6 anos) na Educação Infantil da rede de Campinas. Desenvolveu a atividade com grupos de 3 crianças e seu relato se ateve a um dos grupos com meninos de 5 anos. Na atividade, Karina usou 4 pratos com tampinhas – 1 prato com 9 tampinhas, 2 pratos com 5 tampinhas e 1 prato com 2 tampinhas. O intuito da professora era observar se as estratégias das crianças para comparar quantidades. Fez questionamentos como: Qual prato tem mais tampinhas? Por quê? Qual tem menos tampinhas? Algum prato tem a mesma quantidade que outro?

            Dora questionou se nos grupos formados para essa atividade, as crianças tinham a mesma idade, como no grupo relatado. Karina afirma que alguns sim, mas não todos, e nos que haviam crianças de idades diferentes, os menores acabam prejudicados, pois os maiores dominam a atividade.

            O grupo conversou como alguns meses faz grande diferença na aprendizagem das crianças pequenas. Discutimos sobre a aquisição do número 3 por crianças pequenas, apontada em alguns textos recentemente lidos, e que percebemos nos dias de hoje que as crianças estão expostas a tantos estímulos do meio, que essa construção parece mais rápida e tranquila.           

           

72º Encontro - Práticas envolvendo o senso numérico

            Passamos para o relato da Adriana, que também fez uma atividade com o Infantil. Adriana relatou que planejou a atividade de uma forma, mas logo com os primeiros grupos reformulou para que ficasse mais compreensível para as crianças. Falamos da importância dessa percepção, ouvir o que as crianças estão dizendo para compreender seu raciocínio. Adriana também utilizou uma bandeja com tampinhas e pediu para as crianças colocarem na bandeja delas a mesma quantidade. Para facilitar a visualização das crianças, Adriana colou as tampinhas com fita crepe na bandeja e percebeu que uma criança estava se esforçando para fazer idêntico ao modelo (mesmas cores e posições, não se atentando apenas para a quantidade). Discutimos a importância do comando que damos para as crianças nas atividades.

            Adriana falou que em outro momento disponibilizou três pratinhos para as crianças, um para colocar mais, outro menos e outro a mesma quantidade, mas achou muito confuso para as crianças logo no primeiro grupo e, por isso, optou por apenas um pratinho e foi dando os comandos.

            Paula, que trabalha com um primeiro ano do fundamental, relatou que também fez a atividade dos pratinhos relatada por Adriana, mas manteve os três pratinhos. Observou que quando era para colocar a mesma quantidade, realizavam a contagem e não apresentaram dificuldades. Quando tinham que colocar mais, algumas crianças pegavam um punhado – a professora questionou as crianças “Por que aqui tem mais?”, “Porque tem muitos!”, e a professora pedia para que contassem. Paula observou que o mais difícil para as crianças era quando pedia para por menos – algumas crianças adotaram como estratégia colocar apenas uma ou duas tampinhas (pouco, portanto menos) e outras sempre colocavam um a menos (6, colocavam 5). Voltamos a discutir a questão do comando e das estratégias das crianças. Paula discutiu com a turma algumas situações do “menos”: “Se for o número 6, quais números podemos colocar?”. Relatou que fez uso dos numerais que tem sobre a lousa (“Quais números estão antes do 6?”), mas que não sabe se é o correto a se fazer, se fez sentido para as crianças...

            Paula também fez uma atividade proposta por Van de Walle chamada quadro de 5 (uma ficha com 5 espaços, pede-se para a criança colocar 3 marcadores, por exemplo, e faz-se a análise de quantos espaços sobraram, quanto falta para chegar no 5, etc). Paula afirmou que as crianças não tiveram dificuldade, mas que já havia jogado com a turma um jogo chamado “Forma 5” (são dispostas cartinhas com os numerais 1, 2, 3 e 4 e as crianças têm que combinar as cartas para formar 5). Dora informa que esse jogo é conhecido como escopa de 15, é jogado com cartas de baralho convencional e pode ser adaptado para outros números, como o 5, no caso.

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            Adriana colocou que já fez um trabalho com o quadro de 5, mas que as crianças não respeitavam as linhas, o que dificultava o entendimento. Assim, adaptou o quadro utilizando forminhas de brigadeiro no lugar dos espaços.

            Daniel voltou na questão levantada por Paula sobre o uso dos numerais que dispomos na sala de aula, se nesse caso os números representam quantidades ou apenas algarismos. Dora coloca que esses numerais fazem com que a criança se familiarize com os símbolos, mas que para representar quantidade, poderia ter o numeral e desenhos em quantidade correspondente.

            Daniel, que está com um 4º ano, falou sobre o trabalho que está desenvolvendo com números decimais através de bingo. Trabalhou noções de metade, dobro, triplo, metade de números ímpares – disponibilizou palitos para que as crianças fizessem a divisão e quando necessário partissem o palito ao meio. Relatou que pretende trabalhar com a terça parte também. Marina pergunta sobre a representação do decimal (0,5), se foi tranquilo esse entendimento com a turma. Daniel falou que foi tranquilo, que fez associação com o dinheiro (0,50 + 0,50 = 1,00), presente no cotidiano das crianças.

            Adriana falou sobre um livro do Antonio Miguel que trabalha com ideia semelhante ao do palito, colocado por Daniel, mas com tiras de papel.

            Daniel relatou o raciocínio de uma criança num contexto que tinha que dividir 3 por 2: a criança dividiu todos os inteiros e distribuiu os meios de cada inteiro, chegando no resultado 1,5.

            Graça falou que a preocupação do aluno na divisão deveria ser o que está sendo dividido e não simplesmente o cálculo, pois o que está sendo dividido importa. Graça propôs para Daniel utilizar a reta numérica com os números trabalhados. Dora colocou que é interessante que as crianças formulem problemas para a divisão, para verificar em quais situações faz sentido dividir os inteiros ou não.

            Combinamos que no próximo encontro (23 de maio) voltaremos a discutir os capítulos do livro do grupo. Para o dia 13 de junho os professores escolherão qual atividade será desenvolvida com suas turmas e produzirão uma narrativa: divisão, com ideia de decimal (meio) ou o quadro de 10, proposto por Van de Walle.

Relato conduzido pela professora Paula.

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