27º Encontro - Retomando os estudos
Data: 03 de setembro de 2015
Presentes: Joelma, Dora, Alessandra, Ana Paula, Karina, Rita e Daniel.
Nosso encontro tem início com a leitura realizada pela Joelma do registro do dia 27/08. Foram feitas poucas alterações. Em seguida, Dora questiona sobre a exclusão das pessoas que não tem participado dos encontros e os integrantes presentes entendem que os ex-integrantes podem participar da vida do grupo pelo nosso site. Foi ressaltado ainda a atenção dada pela Dora e pela Alessandra por meio do Whatsapp que estreitou os vínculos entre todos.
Discutindo a organização dos trabalhos a serem apresentados no SIPRAEM
Rita compartilha com o grupo o resumo iniciado por ela, Laís e a Luciana: “As contribuições de um grupo colaborativo para professores iniciantes” que pretendem apresentar no Seminário de Educação da PUC. Dora realiza a leitura e todos contribuem com sugestões de alterações, inclusões e exclusões. Acredito que o fato de compartilhar o texto com todo o grupo todo, contribui não apenas para a correção geral, ou para acertar os detalhes da formatação de acordo com as normas dos eventos, mas possibilita que todos se sintam parte dessa elaboração, pois o texto aborda aspectos do trabalho do GEProMAI (Alessandra)
Alessandra fala sobre as contribuições das narrativas para a apresentação de trabalho no SIPRAEM. Pretendemos apresentar nos eventos os trabalhos e produções do GEProMAI, essas narrativas permitem que a voz dos professores do grupo seja ouvida em outros locais, o que consideramos importante. Alessandra ainda pede para Daniel e Joelma apresentarem o trabalho realizado no Cecim sobre cartografia. Essa ideia surgiu porque diversas vezes comentamos sobre essa proposta desenvolvida por Joelma e Daniel nos anos iniciais, e essa questão da cartografia trabalha muita matemática como conceitos geométricos, a localização espacial, a perspectiva, a estimativa, entre outros assuntos. Eu acredito que iremos aprender muito com a socialização dese trabalho (Alessandra).
Reflexões sobre a Geometria e a Organização dos Currículos
Após, demos início as reflexões das leituras realizadas: Horizonte da matemática, em geometria, uma repetição da educação infantil ao Ensino Fundamental.
Como acordamos no encontro anterior, cada pessoa ficou de estudar com mais profundidade um dos três textos:
*Capítulo 1 do livro: A geometria nas séries iniciais: uma análise sob a perspectiva da prática pedagógica e da formação de professores (NACARATO; A.M.; PASSOS, C. L. B., 2003).
*Artigo: Possibilidades pedagógicas com geometria nos anos iniciais (SENNA, A., 2014), que foi encaminhado por email ao grupo. Este texto foi sugerido pela Joelma.
*Investigando geometria: processos e desafios de profissionais da educação infantil. Esse texto foi elaborado por Adriana Aparecida dos Santos GOMES refere-se a um Trabalho de Graduação Interdisciplinar. Esse texto foi sugerido e enviado pela Laís.
Dentre esses textos, conversamos mais sobre o texto de Nacarato e Passos (2003), e os demais ficaram para serem discutidos novamente no próximo encontro de 17/09 (Alessandra).
Daniel fala sobre o Emai, diz que o material traz todas as planificações inclusive igualmente. Há muita planificação. Lacunas: como a posição das figuras que podem confundir os alunos. Alessandra questiona: qual conhecimento precisamos ter para ensinar a geometria para sair da mesmice?
Daniel fala que o foco é a introdução dos conceitos. Joelma, aponta que as diretrizes de educação do município de Campinas reafirmam esse modelo, uma vez que as professoras não se conversam e acabam repetindo as mesmas atividades em praticamente todos os anos do ensino fundamental.
Alessandra comenta sobre a organização do currículo, buscando encaixar temas num processo evolutivo, uma vez que o conteúdo é o mesmo, mas com aprofundamentos diferentes. Rita fala sobre a educação infantil: formas básicas onde o hexágono, o trapézio, e o paralelogramo não entram. O trabalho de observar a escola e relacionar com as formas ajudam as crianças nas relações com as figuras geométricas.
Daniel, relata que há na escola uma descrição dos saberes no ensino fundamental – os professores podem pesquisar o histórico daquilo que o aluno aprendeu. Dora diz que nem sempre isso acontece ou porque os professores não buscam essas informações ou então, porque não alimentam esse banco de dados para a consulta posterior de outros professores.
Karina aponta a dificuldade com a política da rede dos agrupamentos e com o grande número de crianças na sala. A diferença da faixa etária é muito distante tornando o trabalho um desafio.
O desenvolvimento do pensamento geométrico: Ana – repetição, a apresentação das figuras na forma planificada. Dora indaga: O que é um quadrado? Algo desenhado num plano? O tablet é um bloco retangular, você trazer o bloco, deixar a criança desenhar, ver as diferentes vistas, fazer diferentes desenhos a partir das diferentes vistas. O que a criança entende pela representação plana de um objeto tridimensional.
Alessandra fala sobre os blocos lógicos e diz que trabalhou quadrados, retângulos e etc, além dos elementos como as figuras de formato triangular, de base triangular.
Daniel fala que as turmas do fundamental têm bastante dessas vistas. Joelma relatou que uma aluna com dificuldade foi a única que conseguiu fazer a perspectiva da sala vista de cima, mas que essa habilidade não está presente nas avaliações que parecem exigir mais a aritmética. Saberes da sua turma ....
Dora: planifique o cubo, olhe o paralelepípedo. Daniel fala que desconsideramos as outras propriedades dos objetos. Rita diz que talvez, estejamos presos na questão dos conteúdos. Daniel questiona se realmente estamos presos. Karina, problematiza: ou fomos formados assim!? Dora diz que nossa formação é deficiente e a Alessandra aponta que os livros didáticos e outros materiais trazem os conteúdos assim.
Karina lembra a importância da exploração do espaço pelo próprio corpo, para a criança perceber como ela se movimenta.
Dora atenta para o uso dos mapas – deslocar-se pelo espaço e Joelma lembra a experiência do Daniel que deslocou todos os materiais do armário para ajudar as crianças olharem uma certa perspectiva.
Gislaine aponta para as diversas explorações corporais que precisam ser oferecidas às crianças para que então, depois de explorar o mundo pelo corpo, fazer o uso de suas perceções auxiliando na construção do conhecimento.
Dora aponta que hoje a criança não brinca na rua. Fala também da questão do tempo, dos finais de semana. Par uma criança, o tempo passa muito devagar, para um idoso, passa muito rápido. Sentir as experiências, mas construir os conceitos. Pegar o bloco, desenhar, fazer caber no papel..sandra ressalta que o texto faz sair dessa perspectiva de que o olhar aprende e Dora brinca com uma fala recorrente entre os professores: “- Já te ensinei isso!”, mas de fato, não ensinou.
Alessandra conta sobre uma experiência na cidade de Amparo de uma professora trabalhou com uma coruja chamada – professor corujinha que contava a história da cidade. A história tinha que estar presente o ano todo, pois fazia parte do projeto pedagógico. Disse que depois de algum tempo a professora relatou não aguentar mais contar a mesma história todos os anos e estar muito cansada, mesmo apresentando a história de diversas formas, inclusive com a temática da inclusão. A diretora também se saturou.
Próximos encontros...
Dora fala sobre refazer o planejamento.
Para o próximo encontro temos como sugestão de pauta:
- Retomar os dois textos e Joelma e Daniel fazerem a apresentação do trabalho com cartografia.
Dora ainda diz que podemos tentar para o próximo ano, a leitura de um livro todo e não apenas capítulos.
***Este relato foi elaborado pela Professora Alessandra.