58º Encontro - Iniciando a conversa sobre fração
Data: 16/08/2017
Presentes: Dora, Graça, Laís, Janaína, Ester, Vanessa, Carol, Karina, Tamires, Daniel.
Depois de tanto tempo longe do GEProMAI, hoje, finalmente, tive a oportunidade de reencontrar este grupo. Estava ansiosa por este momento e, não poderia ter sido melhor. Vi carinhas novas, matei a saudades das “antigas” e só me deparei com gente disposta a aprender mais sobre a Matemática.
Pela leitura das narrativas anteriores acompanhei a escolha da temática a ser estudada pelo grupo neste semestre: divisão e fração e já sabia que este seria o primeiro encontro para iniciarmos a conversa a esse respeito.
Confesso que senti um certo frio na barriga. Das quatro operações matemáticas, divisão sempre foi a que eu tive mais dificuldade e, consequentemente não consegui assimilar muito bem os conteúdos relacionados à fração. Para mim é extremamente desafiador.
Pois bem, voltemos ao encontro…
Antes de abrirmos os estudos, buscamos cumprir a pauta já combinada no encontro anterior, socializando os resumos e propostas a serem apresentados nos eventos destes semestre: o Seminário de Educação da PUC e o IX Enfoco.
A Janaína compartilhou conosco o resumo elaborado por ela e pela Ester para serem apresentados no Seminário da PUC, que foi enviado para a participação no “Palavra de Professor” e que discute as práticas pedagógicas voltada às estimativas. Todos gostaram do resumo e houve apenas uma sugestão do Daniel de que as autoras acrescentassem nas palavras-chave a palavra “estimativa”. Então, Dora orientou sugerindo que houvesse a substituição da palavra “resolução de problemas” por “estimativa”.
Em seguida, a Graça comentou que ela e a Pri também enviarão um resumo sobre o trabalho com estimativa, só que voltado para o Ensino Superior.
Também para o Seminário de Educação da PUC, Karina Fernandes confirmou sua participação em parceria com a Alessandra e o Diego. Eles falarão a respeito do GEProMAI e das investigações realizadas pelo grupo no primeiro semestre acerca do tema “estimativa”.
Ainda ressaltou que sua participação no ENFOCO será voltada a apresentação do seu primeiro capítulo do mestrado.
Por último, Daniel falou da sua expectativa em participar do seminário, relatando um projeto desenvolvido na área de Geografia, chamado “A Rua é Nossa”.
Após o compartilhamentos dos trabalhos, Graça sugeriu que para o Seminário da PUC, o GEProMAI pudesse realizar uma oficina de álgebra e estimativa. Todos gostaram da ideia e, após ser incentivada pela Dora, a Carol se dispôs a ajudar na realização desta oficina, unindo o seu talento em contar histórias com a temática que será abordada.
Dora sugeriu que ela pensasse em alguma história que estivesse relacionada com álgebra ou estimativa ou até mesmo que ela própria criasse uma.


Em sequência, Karina questionou Dora quanto à proposta de escrita de um livro pelos participantes do GEProMAI. Dora confirmou a grande possibilidade de realização deste desejo e por este motivo todos deram sugestões. Janaína comentou sobre um livro que possuía que era voltado ao público infantil, com ilustrações e escrita bem simples e sugeriu que nosso livro fosse voltado às crianças. Dora gostou da ideia, contudo ressaltou a importância de termos também uma escrita voltada ao docente. Nesse sentido, sugeri que fosse feito um capítulo inicial resgatando a história do grupo e que os demais capítulos narrassem as memórias de aprendizagem do grupo a partir dos conteúdos já trabalhado ao longo dos semestres, desde que o GEProMAI foi criado. A ideia foi bem acolhida.
Por fim, iniciamos as discussões sobre fração. Dora questionou quem havia lido o texto proposto (O que Nossos Alunos Podem Estar Deixando de Aprender sobre Frações, quando Tentamos lhes Ensinar Frações, de Antonio José Lopes). Como poucas pessoas haviam lido, começamos falando sobre nossos conhecimentos prévios sobre o conteúdo “frações”.
Eu comentei da dificuldade de encontrar escritas acadêmicas sobre tal conteúdo voltado à educação infantil. Não consegui encontrar nada.
A partir dessa dificuldade, começamos a pensar no trabalho com frações voltado para as crianças de 0 a 5 anos, um grande desafio!
Carol destacou que iniciou o trabalho com sua turma sobre esse conteúdo e com eles utilizou barras de chocolates fracionadas. Sugeriu que na Educação Infantil, os professores trabalhem com a noção de “pedaços”.
Dora atentou para não confundirmos os conceitos e lembrar que um pedaço é diferente de uma parte igual. O conceito de fração é “a divisão de inteiros em partes iguais”.
Deu como exemplo: metade é diferente de 2 pedaços. Foram sugeridos outros tipos de atividades: o trabalho com a sobreposição de pecinhas pequenas de lego em peças maiores; o trabalho com a quantidade total de crianças da sala, dividida em partes iguais.
Daniel sugeriu que pensássemos no trabalho com frações que abranjam mais de 1 inteiro. Por exemplo: uma maçã e meia. A respeito do texto, alguns destaques foram feitos. Tamires ressaltou o destaque que o autor dá para os equívocos cometido pelos educadores em realizar atividades desconexas. Citou a si mesma como exemplo, que por falta de conhecimento, no início de sua carreira docente, elaborava situações-problemas equivocadas para seus alunos, na certeza de que estava fazendo o que era certo; a Janaína mencionou o dilema apontado pelo autor, na dificuldade em encontrar, no cotidiano, exemplos da existência de frações. Até mesmo no artigo os exemplos são limitados ao que já relacionamos as frações, isto é, composição de receitas, compartilhamento de algum alimento em partes iguais para determinado número de pessoas.
Dora lembrou do uso do conceito de fração para a divisão de uma herança.
Não finalizamos a discussão acerca do artigo.
Para o próximo encontro, ficaram alguns combinados:
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a Tamires iniciará nossa conversa socializando uma prática relacionada ao conteúdo;
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a Dora vai tentar organização um esqueleto do livro a ser escrito pelo grupo; e também trará um material que dá para trabalhar o conteúdo de fração, segundo a Graça, denominado Régua de Frações, para que possamos explorar.
Para o dia 30/08, traremos propostas de atividades a serem realizadas com as crianças, por escrito, para que possamos elaborar uma atividade a ser realizada pelo grupo.
Encerramos o encontro animados para os próximos! Fiquei muito feliz em retornar...
Este relato foi conduzido pela professora Laís Helena Besseler.


