Hoje, 11 de junho de 2015, estavam presentes: Gislaine, Karina, Lais, Diego, Luciana, Adriana, Tatiane, Ana Paula, Cleine, Alessandra, Bianca, Dora e Rita.
Iniciamos a conversa com as atividades realizadas por alunas de um curso de Pedagogia sobre geometria, na qual o desafio era formar um triângulo com quaisquer três palitos/canudos. (LAÍS) Para que melhor pudessemos visualizar e discutir a atividade, Dora trouxe para nós do GEProMAI, as narrativas construídas pelas próprias alunas sobre o processo da atividade. Nessas narrativas foram afixados os triângulos construídos pelas alunas, conforme a orientação dada pela professora. A respeito deles foram feitas algumas perguntas. Destacamos as respostas dadas pelas alunas quando lhes foi perguntado se é possível construir triângulos a partir de três palitos, independentemente de seus tamanhos, pois para a nossa surpresa, muitas delas responderam com insegurança que era possível, sem avaliar o comprimento dos lados.
Em seguida, assistimos um vídeo da mesma proposta, só que dessa vez com alunos de Educação Infantil, crianças de três a cinco anos. O vídeo foi registrado por uma das integrantes do grupo, professora responsável também pela realização da atividade.
No vídeo, a professora pergunta: Quantos canudinhos são necessários para fazer o triangulo?
Aluno: Três.
Após algumas tentativas a criança pede mais canudos.
A professora pergunta novamente quantos canudos são necessários e a criança responde três.
Professora: Só pode usar três então.
Professora: Então dá pra montar o triângulo com esses três canudos?
Criança: Não!
Professora: Por que não?
Criança: Porque às vezes não dá.
Dora: Boas perguntas.
O vídeo foi ótimo para visualizar a percepção das crianças. A mobilização das crianças foi bem diversificada.
Ale: Respostas bem elaboradas para a idade.
No vídeo as crianças pegam ou pedem mais um palito, a professora retoma que só pode três canudos.
Em contrapartida na atividade investigativa das alunas de pedagogia encontramos gambiarras.
Uma observação aparece na discussão:
Os materiais pedagógicos sempre são apresentados com triângulos equiláteros. Da mesma forma os brinquedos de bebê de encaixe.
Outra participante do GEProMAI socializa a experiência, dessa vez com alunos de um segundo ano da qual é professora responsável. A proposta foi entregar um pedaço de barbante e as crianças deveriam cortar em três partes e depois tentar formar um triângulo. Algumas crianças cortaram em quatro partes.
Os integrantes do grupo discutem a possibilidade das crianças terem pensado: cortar três vezes e por isso acabaram com quatro pedaços de barbante. Concluímos que o correto seria dizer cortem duas vezes com a tesoura para obter três pedaços de barbante.
Após, a professora propõe que eles façam um triângulo com os três pedaços de barbante que ela entregar. As crianças aceitam.
Professora: posso montar um triângulo com quaisquer três pedaços de barbante?
A maioria dos alunos diz que sim.
A professora entrega dois barbantes pequenos e um grande. Na tentativa de montar o triângulo as crianças dobram o barbante, para que as pontas se unam.
Assim como as alunas de pedagogia as crianças usam de artimanhas para realizar a tarefa.
Ao final percebem que não é possível, pois dois lados são muito pequenos em comparação ao outro.
Dora e Ale chamam atenção para a linguagem utilizada. Para que o aluno utilize a linguagem até a vida adulta. Apurar a linguagem.
Karina lembra que antes de fazer a experiência do canudo com os alunos montou o triângulo com o corpo das mesmas para depois fazer a experiência do canudinho.
(LAIS) Foi interessante perceber a autorreflexão e autoavaliação das professores sobre suas próprias posturas diante do desenvolvimento das atividades. Ainda que satisfeitas com o resultado, observamos sempre que há algo a ser melhorado: uma forma de falar, de expor ao aluno de modo mais objetivo e nem por isso deixar de lado o conceito adequado. Ainda assim, mesmo provocadas pela autoavaliação, também é possível perceber uma postura diferente daquela do início dos encontros do GEProMAI: o fato de perceber-se os “erros” durante o desenvolvimento de uma atividade em classe não causa mais desespero. Hoje é possível compreender que os erros fazem parte de um processo de construção da profissão docente, asism como da construção do conhecimento do aluno. Como já estudado por nós nos escritos de Eliane Matesco, nem sempre saíra de acordo com nossas expectativas, mas sempre será válido para o aprimoramento da prática.
Após a socialização das experiências da montagem do triângulo Ale e Karina socializam também o trabalho que será apresentado no V SHIAM. Eu Alessandra e Karina comentamos um pouco sobre a sequência de atividades trabalhada, destacamos as atividades que as crianças tiveram maior fácilidade em realizar e as que foram mais difíceis. Ressaltamos que uma atividade interessante foi a elaboração de um texto coletivo pelas crianças a partir de duas figuras montadas com o meli-melô, foi uma atividade muito interessante que envolveu a atenção e a participação de todos.
Gi fala um pouco da sua experiência com uma turma de 2,5 a 3,6.
Ela diz que criou expectativas, mas que as crianças não responderam da maneira esperada, pois é um grande número de crianças e talvez pela idade.
Triângulo virou chapéu, trapézio virou arma.
Dora e Ale lembram que o importante é a tentativa e que as crianças vão assimilando aos poucos.
Gi: Na hora de guardar pedi par irmos classificando por formas. Pede para a criança guardar o triângulo e pergunta onde guardar a criança fica meio em dúvida ela mostra na caixa de triângulos um de cor e tamanho diferente do que a criança tem em mãos. E pergunta: são iguais?
Criança: Não!
Gi: Por que?
Criança: Porque um é grande e outro é pequeno.
Gi: Mas eles se parecem?
Criança: Sim!
Gi: então vamos guardar eles juntos?
A criança concorda.
O grupo lembra a importância da classificação junto as crianças pequenas e de possibilitar a eles um amplo repertório. E não ficar apenas no triângulo equilátero para ir ampliando o conhecimento de geometria deles, mesmo sendo crianças tão pequenas.
Gi acrescenta que teve dificuldade em realizar a gravação da experiência.
Socialização do Tangran:
Mesmo usando as mesmas peças do Tangran percebe-se que o perímetro é diferente e a área continua a mesma.
Mais ao final do encontro fazemos uma comparação entre as respostas das crianças com as alunas de pedagogia.
Combinados e sugestões para o próximo encontro:
Atenção ao fazer citação nos registros dos encontros.
Sugestão para próximo encontro 25/06/2015:
Dora: sugestão de nova leitura
Lais: montar grupos e propor atividades com avaliação do semestre os temas que foram trabalhados
Ale: Configuração do cronograma
Grandezas e medidas e geometria.
Ficamos com a sugestão da Laís.
PROFESSORA LUCIANA