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41º Encontro - Estatística e probabilidade na Educação Básica

Data: 22/06/2016


Presentes: Dora, Tamires, Diego, Karina, Melina, Tatiana, Graça, Marina, Paula, Gislaine e Alessandra.

 

          Iniciamos nosso último encontro do semestre no laboratório de matemática com a discussão do artigo “O ensino da estatística e da probabilidade na educação básica e a formação dos professores”  da Celi Espasandin Lopes (Clique aqui para ter acesso ao texto). A Alessandra começou esclarecendo o significado do termo estocástica, presente no texto e desconhecido da maioria de nós. A estocástica refere-se à junção do conceito da probabilidade integrada a estatística. Pois, muitas vezes ao se referir a estatística não está incluso o conceito da probabilidade, da aleatoriedade.
          Apontamos uma questão presente no texto referente à formação do professor na qual o ensino da estatística e da probabilidade não se faz presente de forma concreta. Nós mesmos, alegamos ter pouco contato com o assunto durante a nossa vida escolar e acadêmica.
          O ensino da estocástica é mostrado como um grande aliado no exercício da cidadania, se auxiliar a desenvolver a criticidade, ensinando a questionar os dados apresentados.
Relatamos que ao trabalharmos com a estocástica, devemos dar enfoque a probabilidade, ao aleatório e não nos prendermos em questões com o verdadeiro e falso, somente. O uso da resolução de problemas não  convencionais ajuda nesta questão. Foi relembrada uma situação proposta ao grupo, na qual trouxeram um problema sem solução ou que permitia várias resoluções.
Situações como esta permite questionar a exatidão matemática, como verdade absoluta. A própria fala “estaticamente comprovado” nas pesquisas não deve ser aceita sem antes questionar como a pesquisa foi construída, ver qual é a população, onde foi realizada. Muitas vezes os dados estáticos são apresentados de forma a induzir o erro. Ao trabalhar essas questões em sala de aula está contribuindo para o desenvolvimento da criticidade dos alunos.
          A Gi fez uma citação interessante “A probabilidade é uma medida de incerteza” e não estamos acostumados com isso. Porém, a Dora salienta que o nosso trabalho docente é muito incerto. Temos o nosso planejamento diário que pode ser posto de lado em virtude de acontecimento que não prevemos durante a aula e que nos faz redirecionar a nossa aula.
Novamente, foi ressaltado o uso da situação-problema, porém, com contexto real para a turma, para não criarmos ou invertamos dado só para trabalhar com gráficos. O que muitas vezes acontece com o livro didático ao trazer gráficos  prontos ou descontextualizados com a realidade da turma.
          A Alê comentou que na Prova Campinas tinha um gráfico setorial pronto, porém as questões referentes ao gráfico permitia a interação dos alunos ao perguntar, por exemplo: “Qual o alimento mais votado? E pra você, qual o seu preferido?”  Neste contexto, a Melina falou sobre um gráfico da Provinha Brasil (aplicada aos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental) mal formulado, que compromete o entendimento dele e das questões propostas.
          Retomou a importância do relato dos encontros como um instrumento de memoria de quem escreveu, de quem leu e lembrou de algo e acrescentou. Possibilitando a construção de teoria na própria narrativa compartilhada do grupo.
          A Dora nos mostrou uma atividade para a Educação Infantil e anos iniciais. Jogo do Dominó com peças até o 6, por exemplo.
          A criança precisa encaixar quatro peças, formando um quadro e a soma das linhas e colunas tem que ser 6.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Durante  a atividade perguntar : Qual a probabilidade de dar o resultado X?

Qual será a maior soma? A menor soma?  
Qual será a maior soma? A menor soma? 


 

          A Gi perguntou se a estatística entra na linearidade dos conteúdos matemáticos? Diante da questão, a Dora nos questiona: O que precisa saber antes para ensinar a estatística? Uma vez que este assunto já pode ser desenvolvido na educação infantil, como sugere o exemplo da atividade do jogo do dominó.
           Usando a questão levantada pela Gi, a Alê remete o assunto aos livros didáticos, como o tema é posto? Depende de como o livro didático é organizado. Quando o livro é organizado por blocos temáticos, as vezes aparece no final ou no meio. Outros livros abordam os conteúdos de forma espiral e crescente, neste caso a estatística é vista ao longo de todo o livro. Foi lembrado que nós professores, temos liberdade para escolhermos o livro didático fornecido pelo MEC, cabendo a nós, então, selecionarmos os livros que trabalhem com a estocástica de forma integrada aos outros assuntos.
          Como trabalhar a estocástica como infantil?, foi a pergunta feita pelo Diego. Surgiram várias sugestões interessantes, já realizadas com os pequenos.

  •  As crianças escolherem através de imagens o final da história do livro da Corujinha.

  • Perguntar pra criança qual historia será escolhida pelos alunos

  • A brincadeira  de descobrir se um objeto boia ou afunda na água

  • Brincadeira das fichas. Ex: 7 fichas pretas e 5 brancas. Qual cor sairá mais? Por quê?

  • Traçar dois caminhos com fita crepe no chão e escolher qual o mais curto e justificar sua escolha

  • Boliche: qual a chance de acertar mais pinos? Por quê? Onde é mais fácil para acertar?

  • Após usar a caixa tátil: encontrar o objeto na sala que a criança tocou dentro da caixa? Por quê é aquele e não pode ser um outro?

 

          Com essas varias ideias fica claro que para desenvolver o pensamento probabilístico não tem idade e nem um hall de conteúdos a serem desenvolvidos antes. O importante nestas atividades simples são as questões feitas às crianças. Sempre questionar o porquê das escolhas.
           O final do encontro foi dedicado à avaliação do semestre. Usamos três categorias: Que bom! Que pena! Que tal?


 

Ficamos por aqui.... Retornaremos no próximo semestre, dia 03/08 com uma reunião de planejamento.
Bom recesso!!!


Este relato foi elaborado pela Professora Paula

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